por Leonardo S. F. dos Santos*
Ricardo Galvão, ex-diretor do Inpe. Imagem: Waldemir Barreto/Agência Senado. Fonte: Jornal Estado de São Paulo.
A "Associação Norte-americana para o Avanço da Ciência (AAAS)" conferiu o "Prêmio pela Liberdade e Responsabilidade Científica" ao físico brasileiro Ricardo Magnus Osório Galvão, mais conhecido como "Ricardo Galvão".
Com um currículo reconhecido internacionalmente, Ricardo Galvão tounou-se diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em 2016. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro criticou os dados de Ricardo Galvão sobre o desmatamento de uma área de mais de 1.000km2 na Amazônia na primeira quinzena de julho daquele ano. Ricardo Galvão confirmou os dados coletados por satélites. Segundo o jornal Estado de São Paulo, após duas semanas de discussões, Bolsonaro exonerou Galvão da direção do INPE.
Ricardo Galvão ganhou o Prêmio pela Liberdade e Responsabilidade Científica da AAAS por sua defesa corajosa de dados obtidos por meio da mais alta tecnologia, sob a tutela de pesquisadores científicos altamente qualificados. Galvão preferiu perder o prestigioso cargo de diretor do INPE e contrariar as mais altas autoridades políticas do que contrariar sua própria consciência.
*Leonardo Sioufi Fagundes dos Santos é professor de Física da UNIFESP e coordenador do Portal Píon da SBF.