Um estudo usando um modelo de dinâmica de populações feito por pesquisadores do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade de Brasília (UnB) aponta que o Brasil tem possibilidade de vivenciar um segundo pico da COVID-19. O motivo seria a grande fração da população brasileira que vive na economia informal e o relaxamento nas práticas de isolamento social que está acontecendo em muitas cidades brasileiras.
De acordo com os autores, ocorrendo um relaxamento das medidas logo após o pico da doença, consequentemente irá acontecer um segundo pico ainda maior. Outro cenário apresentado na pesquisa seria se houvesse um abrandamento logo após quinze dias do pico, o evento seria menos dramático, porém ainda preocupante porque apresentaria um segundo pico. A situação mais segura deveria ser o relaxamento trinta dias após o pico natural da pandemia. Entretanto, não significaria o abandono de práticas de segurança e higiene como o uso de máscara, lavar as mãos e utilizar álcool gel.
Os autores Sílvio Manuel Duarte Queirós e Marcelo Pires são físicos do CBPF; Nuno Crokidakis e Márcio de Menezes são do Instituto de Física da Universidade Federal Fluminense e Daniel Cajueiro é do Departamento de Economia e do Laboratório de Aprendizado de Máquina em Finanças e Organizações, da Universidade de Brasília.
Leia o artigo na íntegra aqui: https://arxiv.org/pdf/2005.09019.pdf
Por Joice Santos
Bolsista Mídia Ciência – FAPESP
Processo 2019/02744-3