No último dia 11, o mundo ficou fascinado pela notícia de que o LIGO (Laser Interferometer for Gravitational waves Observatory), composto por dois detectores gêmeos nos Estados Unidos, fez a primeira detecção de ondas gravitacionais.

O Destaque em Física desta semana é um texto exclusivo preparado a convite da SBF pelo Prof. Riccardo Sturani, do IFT-UNESP (Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista) e do ICTP-SAIFR (Instituto de Pesquisa Fundamental da América do Sul, filiado ao Centro Internacional de Física Teórica), co-autor do trabalho publicado no Physical Review Letters que anunciou a descoberta e participante da colaboração internacional LIGO, que observou as ondas gravitacionais.

Existem dois grupos no Brasil, ambos no estado de São Paulo, que participam oficialmente da LSC (LIGO Science Collaboration). O primeiro deles está na Divisão de Astrofísica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e conta com seis membros, e o outro no ICTP-SAIFR, localizado no IFT-UNESP, na cidade de São Paulo.

O grupo do INPE dirigido por Odylio Aguiar trabalha no aperfeiçoamento da instrumentação de isolamento vibracional do LIGO, na sua futura operação com espelhos resfriados e na caracterização dos detectores, buscando determinar as suas fontes de ruído.

Já  o grupo do ICTP-SAIFR/IFT-UNESP, dirigido por Riccardo Sturani, trabalha na modelagem e análise dos dados de sinais de sistemas estelares binários coalescentes. A modelagem é particularmente importante porque as ondas gravitacionais têm interação muito fraca com toda a matéria, tornando necessárias, além de detetores de alto desempenho, técnicas de análise eficazes e uma modelagem teórica precisa dos sinais.

Agradecemos ao Prof. Sturani por sua oportuna e valiosa contribuição para os sócios da SBF. Para ler o artigo de divulgação, clique aqui.

Para ler o artigo original da descoberta, clique aqui (versão para assinantes) ou aqui (acesso livre).