A cromodinâmica quântica (QCD) é uma poderosa teoria de interações fortes, a força fundamental que descreve a interação entre quarks e glúons no interior de prótons e nêutrons.
Contudo, muitos de seus resultados preditivos dependem de um procedimento conhecido como renormalização, procedimento este que permite descrever as quantidades observáveis em função das diversas escalas inerentes ao sistema físico em questão.
A estratégia resolve diversos problemas, mas também cria outros – tornando alguns fenômenos físicos impassíveis de descrição teórica observável.
Um deles é o acoplamento forte na cromodinâmica quântica – até agora, sua definição dependeu inerentemente de convenções teóricas como a escala e o processo de renormalização.
Agora, um trabalho realizado por um trio de pesquisadores – dois na Espanha e um no Brasil – produz uma definição do acomplamento da QCD que não varia de acordo com o esquema escolhido de renormalização.
Ele seria atrelado a um único parâmetro, relacionado às transformações da escala cromodinânica quântica. O artigo, publicado em 3 de outubro no “Physical Review Letters”, destaca que escolhas apropriadas desse parâmetro podem levar a melhorias substanciais na predição perturbativa de fatores físicos observáveis.
O trabalho tem como primeiro autor Diogo Boito, do Instituto de Física de São Carlos da USP (Universidade de São Paulo).
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