O físico teórico britânico Peter Higgs faleceu no último dia 8 de abril de 2024 aos 94 anos. Segundo nota divulgada pela família, ele morreu pacificamente após uma curta enfermidade. Ele venceu o Prêmio Nobel de Física junto com o belga François Englert em 2013 após o Grande Colisor de Hádrons (LHC), na Suíça, confirmar em 2012 a existência de uma partícula cujo campo aglutina a massa de todas as partículas, a peça que explicaria a formação do universo após o Big Bang, há 13 bilhões de anos. O Bóson de Higgs, a chamada Partícula de Deus, foi teorizada pelo físico em 1964.
O experimento CMS, do LHC, corroborou para a descoberta do Bóson de Higgs, equipamento no qual realizou pesquisas Sandro Fonseca de Souza, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenador da área de Física de Partículas e Campo da Sociedade Brasileira de Física (SBF). “Foi uma experiência fantástica de vida, estando lá e participando, mesmo que de forma indireta, dessa descoberta. Estar lá é uma questão de pertencimento, porque o CERN tem um ambiente que permite que todos participem independentemente de qualquer preceito religioso ou político”, diz Souza, em entrevista publicada em matéria sobre o CERN no site da SBF e acompanhe uma palestra do professor da Unesp Rogério Rosenfeld no Física ao Vivo de 2022.