Candidatos ao Conselho

Nomes indicados pelo Conselho

Adalberto Fazzio
Alejandro Szanto de Toledo
Alfredo Gontijo de Oliveira
Alfredo Miguel Ozório de Almeida
Amando Siuiti Ito
Américo Tristão Bernardes
Anderson Stevens Leonidas Gomes
Deise Miranda Vianna
Eudenilson Lins de Albuquerque
Fernando Claudio Zawislak
Gil de Aquino Farias
Iris C. Linares de Torriani
Livio Amaral
Marcelo Knobel
Marcelo Leite Lyra
Maria Carolina Nemes
Maria Cristina Batoni Abdalla
Marina Nielsen
Mauricio Pietrocola
Oscar Nassif de Mesquita
Ronald Cintra Shellard
Suani Tavares Rubim de Pinho
Wagner Figueiredo

Nomes indicados pela comunidade

José Abdalla Helayël Neto
Raul José da Silva Câmara Maurício da Fonseca
Silvio Sorella


Proposta dos Candidatos

Prezados colegas, sócios da SBF

Fomos indicados pelo Conselho da SBF para compor uma chapa concorrente à diretoria. Aceitamos a candidatura, movidos pelo interesse de que a SBF atue energicamente no propósito de ver implementadas medidas que levem a uma inclusão efetiva da ciência na vida do País, o que exige políticas públicas de apoio ao ensino – em todos os níveis – e à pesquisa, além de políticas de desenvolvimento industrial e tecnológico. Entendemos poder fazer um bom trabalho durante os próximos dois anos, atuando em equipe, com os componentes participando diretamente nas decisões de assuntos sobre os quais a SBF venha a opinar. Buscar uma maior inserção da ciência – em particular da física – na agenda brasileira e lutar por educação de qualidade serão nossas maiores prioridades.

Dentre os problemas que a ciência brasileira depara no presente podemos citar um. O bem sucedido programa brasileiro de pós-graduação tem formado quantidades crescentes de mestres e doutores, mas não foi acompanhado de um plano de aproveitamento dessa qualificação. A academia já não é capaz de absorver os recém-doutores e o sistema produtivo oferece poucas oportunidades de inclusão desses profissionais, que permanecem indefinidamente em programas de pós-doutorado, e alguns deles acabam por se fixarem no exterior. Se a situação não for revertida com urgência, nossa ciência não será capaz de atrair novos estudantes. Este é sem dúvida um problema grave, e sua solução requer uma inclusão efetiva da ciência na vida do País. Tal inclusão não seria feita para acomodar profissionalmente um pequeno grupo de moças e rapazes, mas porque na verdade o País necessita realmente dela.

O Brasil precisa entrar na Era da Inovação, na qual o destino dos países é decidido, acima de tudo, pelo seu grau de educação e sua capacidade de gerar ciência e tecnologia. Essa constatação será o principal orientador da atuação da diretoria da SBF nos próximos dois anos. Na verdade, já há algum tempo a SBF tem estado atenta à necessidade de inserir a ciência na vida brasileira. Em 2004, ela formou uma comissão para analisar a física brasileira e o que ela pode fazer pelo Brasil. Os estudos dessa comissão foram relatados no livro Física para o Brasil – Pensando o Futuro, editado pela própria SBF. Atualmente ela participa por intermédio de seu presidente e de um dos signatários desta nota (Alaor Chaves) da comissão Física para um Brasil Competitivo designada pela CAPES para estudar ações práticas capazes de incluir a física na economia brasileira. Tal comissão está fazendo uma análise objetiva e com propostas que se transformadas em políticas públicas trarão grande vigor à ciência e à tecnologia no Brasil. O ensino e a pesquisa em ensino de física também têm estado entre as preocupações da SBF, que busca promovê-los por meio de simpósios, encontros e publicações. É com base neste histórico que teremos entre nossas ações as prioridades seguintes:

  • Dar continuidade ao trabalho da atual diretoria para regulamentar a profissão de físico.
  • Lutar pela melhoria do ensino de física no Brasil em todos os níveis. Estimular a formação de professores e sua atualização freqüente. Buscando atrair alunos para a física, a SBF promoverá e incentivará palestras em colégios sobre temas da vida contemporânea (energia, meio-ambiente, nanociências etc.) em que a física seja relevante, proferidas por pesquisadores experientes. Buscaremos também difundir os principais avanços na física fundamental. Para isso, pensamos em recompor as Divisões Estaduais, importantes para a capilaridade requerida por essas ações. As Olimpíadas de Física serão ampliadas e a SBF, juntamente com a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e outras sociedades científicas, procurará estabelecer a Olimpíada Brasileira de Ciências das Escolas Públicas (OBCEP).
  • Fazer um censo da física brasileira para melhor saber onde estamos trabalhando e o que está sendo feito nos diversos campos do conhecimento.
  • Buscar uma maior integração e representatividade das diversas subáreas da Física nas atividades da SBF e nos seus encontros anuais. Há um inchaço do encontro da Física da Matéria Condensada que, com o tempo, passou a incluir Ótica, Biofísica, Física Estatística e a maior parte do que se faz em Modelagem e Simulação Computacional. Uma sugestão, que precisa ser amadurecida e aprimorada, é acomodar os trabalhos de Física Estatística e de Simulação Computacional a cada ano em um dos quatro encontros anuais da SBF.
No que se refere a políticas gerais, pensamos numa SBF comprometida em lutar para que a universidade pública continue a ter ensino, pesquisa e extensão de qualidade e possa ter as vagas de seus cursos ampliadas. Vemos a criação de cursos noturnos como medida efetiva para a ampliação de vagas e ainda mais positiva para que a universidade pública contribua para a inclusão social admitindo maior número de estudantes economicamente desfavorecidos. Lutaremos para que nesse processo a universidade amplie seu quadro docente, contratando parte dos bons doutores que o País tem formado. Lutaremos também para que a ciência se desenvolva de maneira mais homogênea no território brasileiro.

Alaor Silvério Chaves – Presidente
Paulo Murilo Castro de Oliveira – Vice-presidente
Gastão Inácio Krein – Secretário Geral
Elizabeth Andreoli de Oliveira – Secretário
José David M. Vianna – Tesoureiro
Nilson Marcos Dias Garcia – Secretário para assuntos de ensino

São Paulo, março de 2007


Rio de Janeiro, 12 de março de 2007

Ronald Cintra Shellard, Candidato ao Conselho da SBF

A SBF tem tido, ao longo de sua história, um papel relevante na promoção da Física no Brasil, contribuindo para a qualidade e a excelência da pesquisa e do ensino nessa disciplina, através da realização dos Encontros Nacionais, das Escolas Avançadas e de suas publicações científicas e educacionais.

A ação da SBF junto aos fóruns de política científica tem um impacto importante no fortalecimento da ciência no Brasil. Essas atividades formam o núcleo das atuações da SBF e, além de serem mantidas, devem expandidas para incorporar novos desafios.

Os desafios com os quais nos deparamos hoje são impostos pela complexidade da sociedade em que vivemos, uma sociedade que, por um lado, está imersa em um ambiente tecnologicamente sofisticado e, por outro, mergulhada em uma crise de natureza social bastante aguda, que tem como um de seus principais componentes a baixa qualidade da educação formal.

Posto isto, gostaria de detalhar brevemente os temas adicionais que, em meu entender, devem ser enfatizadas em relação à atuação da SBF:

Infra-estrutura de Pesquisa

A infra-estrutura de pesquisa do País é deficiente para abordar os desafios científicos do presente. A SBF é um fórum importante para discutir a necessidade de novas instituições de natureza científica e tecnológica – bem como, a alocação física delas –, estimulando maior equilíbrio na distribuição de recursos de C&T pelo País;

Física e Inovação

A pesquisa em Física no Brasil está concentrada nas universidades e nos centros de pesquisa, com pouco impacto na indústria e nos serviços. A SBF tem um papel de destaque na promoção de uma maior agregação de ciência nestes últimos dois setores, através de conferências, fóruns e de ações educativas junto aos seus respectivos agentes. Nesse contexto, A SBF deve coordenar as atividades da comunidade científica, visando a uma formação mais flexível dos físicos, para que estes estejam preparados para ocupar posições fora da Academia;

Profissão Físico(a)

Tradicionalmente, os físicos são preparados para trabalhar na Academia. No entanto, hoje se encontra um número significativo desses profissionais fora dela, realizando trabalhos em que a formação que recebem é o elemento essencial. A SBF é um instrumento importante para ampliar as oportunidades no mercado de trabalho para os jovens físicos, seja em relação ao trabalho de convencimento e propaganda dos atributos da profissão junto ao setor produtivo, seja em relação a uma ação que impeça que o corporativismo de outras profissões (engenheiros, geofísicos etc.) crie barreiras para o exercício de atividades para as quais a formação dos físicos é adequada;

Educação Científica

Superar o analfabetismo científico é hoje um dos grandes desafios do País – o Brasil não será competitivo internacionalmente se soluções para ele, bem como para a formação com qualidade de professores de Física, não forem logo encaminhadas. A SBF tem um papel de destaque nos esforços para atacar esse problema, seja através de ações para estimular a divulgação científica junto a seus associados, seja através da colaboração com agentes educacionais na formulação de programas e propostas para resolvê-lo;

Estrutura da SBF

As grandes áreas da Física têm problemas específicos, que justificam a formação de Coordenações igualmente específicas para elas, como foi o caso da Coordenação de Partículas e Campos. Essas coordenações devem ter voz no Conselho da SBF;

Agenda para a Física

Os físicos têm formação para resolver problemas de natureza bastante complexa e podem, com base nesse treinamento, contribuir para delinear soluções para muitos dos problemas que afligem o País. A SBF é o mecanismo natural da comunidade para coordenar estudos, grupos de trabalho, seminários etc. que, juntamente com outras sociedades científicas, abordem problemas como energia, rejeitos radioativos, monitoramento ambiental, mudanças climáticas, novas tecnologias, bem como segurança pública.


Proposta de Atuação no Conselho da SBF

José Abdalla Helayël Neto - Candidato ao Conselho

Tendo recebido, por parte de colegas associados à SBF, indicação para candidatura a Membro do Conselho desta Sociedade, desejaria manifestar que tenho como meta trabalhar sobretudo questões relacionadas à Pós-Graduação em Física no Brasil.

A SBF vem, no decorrer dos últimos anos, mostrando um envolvimento sempre crescente e mais conseqüente com a Física no Brasil, atuando em aspectos que tocam diretamente a pesquisa, o ensino, a organização de numerosos eventos, a publicação de material científico e a divulgação da Física na sociedade em geral. Com todo este trabalho, a interação entre instituições, grupos de pesquisa e pesquisadores vem-se intensificando de forma notável.

Cabe ainda ressaltar a atuação da SBF junto aos órgãos de fomento das pesquisas básica e aplicada. A manutenção do apoio às grandes colaborações nacionais/internacionais é importante, para que não se sofra os processos desgastantes e frustantes decorrentes das descontinuidades na liberação de recursos. Por outro lado, é também igualmente importante que a SBF se empenhe, junto às diferentes agências estaduais e federais, para o lançamento de editais que permitam apoiar a pesquisa de grupos em formação nas instituições acadêmicas fora das capitais, quer sejam de pesquisa básica quer se trate de pesquisa aplicada.

Acredito que a SBF possa ainda colimar alguns de seus esforços para questões relacionadas diretamente à Pós-Graduação em Física no Brasil, discutindo e estudando a viabilidade da integração de cursos em Programas de uma mesma região, ajudando a promover uma maior conexão institucional e também entre os próprios pós-graduandos, e propondo um debate sobre o presente e o futuro da Pós-Graduação em Física no Brasil. Este é um ponto que considero relevante e que desejaria trazer para discussão.

Ainda neste âmbito, acredito que se poderia, através da SBF, buscar mecanismos que auxiliassem no processo de inserção dos recém-doutores no meio acadêmico nacional, visto o crescente número de doutores que se formam a cada ano e o também crescente número de jovens doutores que já começam a aparecer como excedentes não-absorvidos nas universidades e centros de pesquisa, por falta de bolsas e por limitações de recursos por parte das agências de apoio à pesquisa. A SBF pode vir a desempenhar um papel muito marcante frente a esta questão que se agrava e, na eventualidade de me tornar um Membro do Conselho desta Sociedade, este seria um outro tópico cujo debate desejaria encaminhar, por considerar que merece especial atenção por parte da SBF e da comunidade física nacional.


Caros Colegas,

Venho por meio desta tecer algumas considerações a respeito da minha candidatura ao Conselho da Sociedade Brasileira de Física, a qual estará realizando novas eleições durante o período de Abril a Junho de 2007.

A idéia da candidatura nasceu através de varias conversas com colegas da área de Partículas e Campos, a qual representa um importante segmento da Física Brasileira.

Nossa área tem alcançado uma notável e indiscutível inserção internacional, fato, este, comprovado pela excelência de seus pesquisadores, pela qualidade das publicações cientificas, praticamente todas em revistas internacionais com elevado parâmetro de impacto, pelo crescente número de eventos internacionais realizados sobre os mais avançados tópicos de pesquisa, pela qualidade das escolas oferecidas aos alunos de pós-graduação, que contam com a participação de um numero cada vez maior de alunos, pós-doutorandos e pesquisadores de outros paises.

Se por um lado os exemplos acima citados tornam nossa área um segmento expressivo da Física Brasileira, por outro lado nossas responsabilidades aumentam, fazendo com que haja uma preocupação natural em participar dos vários fóruns em que as futuras diretrizes da política cientifica Brasileira são traçadas e discutidas.

Há um consenso de que seria importante ter um conselheiro da nossa área junto a SBF. Isto não só permitiria levar ao conhecimento da SBF os problemas específicos de nossa área, como também nos daria a possibilidade de reforçar a importância do papel da ciência básica, reiterando a necessidade de termos editais específicos para esta área.

Atenciosamente

Silvio Paolo Sorella


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