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Entre os dias 09 e 13 de novembro de 2020 ocorreu o XVIII Encontro de Pesquisa em Ensino de Física.

O evento estava originalmente planejado para ocorrer em junho de 2020, presencialmente, na cidade de Florianópolis/SC. Devido à pandemia, houve uma alteração na sua data e, posteriormente, no seu formato, que passou a ser totalmente remoto.

Participaram 295 pessoas, oriundas de todos os estados e do distrito federal. Foram apresentados e discutidos 257 trabalhos, aceitos a partir do processo de revisão por pares: 176 em 30 sessões de comunicação oral e 81 em 15 sessões de pôsteres.

A palestra de abertura “From instrumentalism to hope: transforming science education” foi proferida pelo Prof. Ralph Levinson, do Instituto de Educação da Universidade de Londres, e a de encerramento, “Controvérsias e a imagem pública da ciência”, pelo Prof. Olival Freire Júnior, da Universidade Federal da Bahia.

Em sintonia com o tema proposto para 2020, “A Pesquisa em Ensino de Física e as Tensões Político-Democráticas da Atualidade: Para onde vamos?”, o evento contou com 6 mesas redondas, que trataram de temas imperativos para a pesquisa em ensino de física no Brasil e no mundo hoje: educação não formal, formação de professores, currículo, novas tecnologias, agenda de pesquisa, gênero e educação de grupos minoritários, foram alguns deles.

Além disso, cada vez mais tem se consolidado dentro do EPEF um espaço dedicado à nova geração de pesquisadores e pesquisadoras em ensino de física: a escola de formação, que, em 2020, contou com 4 cursos, abordando distintas perspectivas teórico-metodológicas da pesquisa.

E por fim, mas não menos relevante, o evento não deixou de lado o lançamento de livros e, tampouco, as homenagens a pessoas que contribuíram de modo especial para o campo da pesquisa em ensino de física e para a educação brasileira.

E depois de tantas atividades ao longo do dia, foi possível aproveitar de três noites culturais. Nem o cansaço nem o distanciamento físico tiraram a animação das atividades conduzidas por pesquisadores em ensino de física que estão imersos também em outros campos da cultura: rock, samba e mágica.

O evento foi bastante exitoso. Essa foi a manifestação de diversos participantes ao longo do evento e também o resultado da avaliação realizada pela assembleia do XVIII EPEF. Ponderou-se que o formato remoto não substitui o evento presencial, mas nas condições impostas pela pandemia, esse foi um caminho viável para que o tradicional evento não fosse cancelado. Além disso, o formato remoto permitiu a participação de um maior número de pesquisadores em relação aos eventos anteriores e de um público, sobretudo de estudantes, que não poderia ter viajado para participar presencialmente do evento. A experiência exitosa do XVIII EPEF, apesar de demandar mais reflexões, pode apontar possibilidades para os eventos futuros, em formato híbrido, que não descarta o evento presencial, mas que permite que em determinados momentos do evento exista uma maior participação do público.

Prof. Juliano Camilo
Coordenador do XVIII EPEF