O físico Sylvio Canuto, professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP), foi recentemente eleito vice-presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF). Canuto possui uma trajetória notável, sendo referência na área de física molecular e química quântica, com especialidade em Teoria de Muitos Corpos, Simulação Computacional e Modelagem Molecular. Sua pesquisa se concentra no estudo de efeitos de solvente em espectroscopia e reatividade de líquidos moleculares.
Além de seu papel de destaque na pesquisa, Canuto desempenhou importantes funções administrativas ao longo de sua carreira. Ele foi Pró-Reitor de Pesquisa da USP de 2018 a 2022, onde trabalhou para tornar a pesquisa da universidade mais competitiva internacionalmente e fortalecer a interação com a sociedade. Canuto também foi membro e presidente do Comitê Assessor (CA) do CNPq de 2000 a 2002 e Coordenador da Área de Astronomia e Física na CAPES de 2011 a 2018, e representou o CTC-ES no Conselho Superior da CAPES de 2015 a 2018.
O currículo de Canuto inclui diversas honrarias. Ele é membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) e da The World Academy of Sciences (TWAS). Em reconhecimento a suas contribuições científicas, Canuto foi agraciado com a Ordem Nacional do Mérito Científico na classe de Comendador em 2018.
Sua atuação acadêmica também é amplamente reconhecida. Canuto é co-Editor-in-Chief do periódico internacional Spectrochimica Acta A: Molecular and Biomolecular Spectroscopy, e já atuou como editor associado do Brazilian Journal of Physics por dez anos. Ele também fez parte do corpo editorial do International Journal of Quantum Chemistry, que lhe dedicou uma edição especial em comemoração aos seus 60 anos.
Ao longo de sua carreira, Sylvio Canuto publicou cerca de 300 artigos científicos, incluindo capítulos de livros, com fator H de 47 (Google Scholar) e mais de 7.700 citações. Ele é coautor de um livro sobre Estrutura Eletrônica de Moléculas e Sólidos e foi editor de dois livros internacionais dedicados a problemas de solvatação em moléculas e biomoléculas. Suas colaborações incluem pesquisadores de 24 países diferentes, o que reforça sua influência no cenário internacional da ciência.
Sua nova posição como vice-presidente da SBF chega em um momento estratégico para o fortalecimento da física no Brasil. Ele continuará a influenciar políticas de pesquisa, ensino e desenvolvimento, promovendo o avanço da ciência tanto no âmbito nacional quanto internacional.
(Informações do Jornal da USP e da Plataforma Lattes)