Uma das propriedades mais intrigantes da matéria pode ser observada quando átomos são resfriados a temperaturas baixíssimas, próximas ao zero absoluto. É nessas condições que bósons – partículas com spin inteiro – podem formar os famosos condensados de Bose-Einstein e apresentar também o fenômeno da superfluidez.
Trata-se de uma situação em que as partículas fluem sem qualquer fricção ou resistência a seu movimento, e há muito interesse em entender em detalhes como isso se dá.
Um resultado interessante nessa direção emergiu de um estudo realizado por um quarteto de físicos, Fabio Cinti, da Universidade de Stellenbosch, na África do Sul, Alberto Cappellaro e Luca Salasnich, da Universidade de Pádua, na Itália, e Tommaso Macrì, do Departamento de Física Teórica e Experimental da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), em Natal.
Eles usaram simulações de Monte Carlo baseadas numa técnica chamada integral de caminho, com algumas centenas de partículas e condições de contorno periódicas para estudar a formação de filamentos superfluidos em bósons dipolares resfriados. “Ao aumentarmos a força da interação dipolar e a densidades suficientemente altas encontramos uma vasta região em que os filamentos são estabilizados na direção do campo externo”, escrevem os pesquisadores, em artigo publicado no “Physical Review Letters” em 20 de novembro.
“De forma mais interessante, ao computar a fração superfluida, concluímos que a superfluidez é anisotrópica e é grandemente suprimida ao longo do plano ortogonal”, afirmam.
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