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Roger Elliott faleceu em 16 de abril de 2018. Em sua longa e destacada carreira científica iniciada nos anos 1950, Elliott teve diversas conexões com a comunidade brasileira de Física e sempre acompanhou com interesse seu desenvolvimento, desde uma primeira visita a Campinas em meados dos anos 1970.

Publicou muitos artigos relevantes em sua área de atuação, Física da Matéria Condensada, com especial atenção a propriedades magnéticas e ópticas de semicondutores.

Uma listagem não exaustiva de suas contribuições científicas incluiria:

(i) A contribuição teórica ao entendimento de magnetismo em terras raras (na coleção “Magnetism”, 1965).

(ii) O estudo do modelo de Ising em campo transverso, com Pierre Pfeuty e outros, cerca de  1970, que iniciou uma importante sub-área de transições de fase e fenômenos críticos.

(iii) O artigo “The Theory and Properties of Randomly Disordered Crystals and Related Physical Systems”, com J. Krumhansl e P. Leath (Rev. Mod. Phys 46, 465 (1974)), que foi referência básica para uma geração de pesquisadores trabalhando em sistemas desordenados.

Entre seus muitos orientados, vários foram estudantes brasileiros que vieram a ocupar posições de destaque na comunidade científica do Brasil.

Em paralelo a sua criatividade e competência em Física, Elliott tinha uma habilidade administrativa que lhe permitiu dirigir o Department of Theoretical Physics de Oxford entre 1974 e 1988, e depois a prestigiada editora da Universidade, Oxford University Press, com grande eficiência e sem nenhum esforço aparente. Elliott manteve-se ativo e lúcido até próximo do fim.

Para mais informações e uma lista das principais distinções que recebeu, ver:
https://www2.physics.ox.ac.uk/news/2018/04/18/professor-sir-roger-elliott-frs

Sergio L.A. de Queiroz (Instituto de Física – UFRJ)