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Físico, falecido em 2 de janeiro deste ano, será tema de documentário a ser produzido pela SBPC, em parceria com a Sociedade Brasileira de Física (SBF), e de edição especial da revista “Ciência e Cultura”

O vídeo e a publicação serão lançados durante a 62ª Reunião Anual da SBPC, que será realizada de 25 a 30 de julho na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal (RN). Na abertura do evento, será feita outra homenagem ao físico.

Sala tinha 87 anos quando morreu, em São Paulo, vítima de uma parada cardíaca. Nasceu em Milão, em 26 de março de 1922, e veio ao Brasil aos 2 anos. Graduou-se em Física pela Universidade de São Paulo (USP), em 1943, mesma instituição onde atuou toda a sua carreira como cientista e professor.

De 1946 a 1948, nos EUA, Sala participou do desenvolvimento de aceleradores eletrostáticos no estudo de Física Nuclear – o primeiro equipamento a usar pulsos de raios para o estudo de reações nucleares com neutrons rápidos. Após seu retorno ao Brasil, foi responsável por instalar e coordenar pesquisas baseadas em grandes geradores eletrostáticos de Van de Graaff. Mais tarde, ajudou na construção de um pelletron (Acelerador eletrostático de partículas) na USP, o primeiro na América Latina.

A construção e organização de laboratórios experimentais de pesquisas em Física Nuclear foi uma atividade constante em praticamente toda a sua vida profissional.  Para ele, os laboratórios eram centros de inovação da tecnologia do país, e, portanto, núcleos de inserção da pesquisa científica nos setores produtivos.

Além de contribuir para o desenvolvimento da Física no Brasil, Sala teve um papel importante para o avanço da ciência no país.  Foi presidente da Sociedade Brasileira de Física (1968-1971), da SBPC (1973-1979), da Associação Interciência das Américas (1975-1979) e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (1985-1987).

Entre outras distinções, recebeu a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico (1994), a Medalha de Ouro da Câmara Municipal de Bauru, cidade onde morou (1950), a Medalha Jubileu de Prata da SBPC (1973), a Medalha Jubileu do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (1981), a medalha Carneiro Felipe da Comissão Nacional de Energia Nuclear (1987) e o prêmio Moinho Santista de Física (1981).

(Assessoria de Imprensa da SBPC)

Fonte: Jornal da Ciência (http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=69378)