Com o objetivo de manter as atividades da Olimpíada Brasileira de Física (OBF), seus organizadores iniciaram durante a pandemia a adaptação de uma plataforma virtual para a aplicação das provas. De acordo com o vice-coordenador nacional e desenvolvedor do projeto, professor Ricardo Andreas Sauerwein, esse recurso digital já é utilizado por ele nas suas pesquisas em ensino de ciências e com isso, surgiu a ideia de adequá-lo para a realização de exames de modo remoto.
A preocupação da OBF é tentar manter as atividades mesmo diante do ambiente pandêmico. “Para preservar o histórico de realização da OBF, nós decidimos fazê-la de forma virtual.”, diz o coordenador nacional Airton Deppman. Pensando nisso, a maneira de se fazer a aplicação dos exames passou a ser discutida. “Os alunos preenchem uma caixa de diálogo em que eles colocam a resposta e têm que submeter uma foto com resolução. O problema foi achar uma plataforma em que pudessem subir as fotos e que isso fosse corrigido de maneira eficiente.”, diz Sauerwein. Para sanar esse problema, o professor Sauerwein explicou que devido ao fato dele ter a capacidade técnica para solucionar essa situação, passou então a fazer a adaptação da plataforma.
A Pandorga, que é a denominação para a plataforma que está sendo adequada, deve trazer uma especificação global para quem precisa fazer a prova online. Para que haja um padrão no envio das informações e fotografias, a plataforma delimita o tamanho das imagens e a maneira de se preencher as respostas. Dessa maneira, as bancas avaliadoras receberão o material de modo organizado. Esse espaço virtual cumpre o papel de um mecanismo de transmissão e adequação da informação.
Os alunos poderão acessar a Pandorga tanto pelo computador quanto pelo celular. O projeto dela prevê o acesso por meio de smartphones, dando essa facilidade para os estudantes que não possuírem computadores. De acordo Sauerwein, a plataforma deverá ser utilizada não só durante esse período de quarentena, mas estará disponível para outras oportunidades que venham a aparecer na OBF.
Por Joice Santos
Bolsista Mídia Ciência – FAPESP
Processo 2019/02744-3