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Alguns problemas que embasaram a nossa decisão de pedir demissão da coordenação de área da CAPES merecem um esclarecimento.

Em primeiro lugar temos a questão da suspensão da avaliação dos programas da quadrienal 2017-2020. Com a última decisão judicial existe uma grande possibilidade de que o processo continue suspenso para além dos mandatos dos atuais coordenadores. Assim, como não existe perspectiva de retomada da avaliação, a nova equipe de coordenadores terá que retomar a avaliação no meio do processo ou refazer tudo desde o princípio, o que causará atrasos ainda maiores.

O segundo ponto, trata-se da questão do APCN na modalidade Ensino a Distância (EaD). A direção da CAPES decidiu fazer dois documentos de APCN, um que trata da modalidade presencial e é aquele que está na página da CAPES e foi objeto de longas discussões e amadurecimento no âmbito da coordenação da área, do Colégio de Exatas, Engenharia e Multidisciplinar e do CTC (ver aqui) e um segundo, que trata de APCN na modalidade de ensino a distância (EaD). É possível que, em algumas áreas, possamos ter um programa de pós-graduação de qualidade na modalidade de EaD. Essa certamente não é a situação da Física, onde programas de mestrado e doutorado, sejam eles acadêmicos ou profissionais, não são facilmente ajustados a esse formato de curso. Para isso, mantendo a qualidade dos programas, seria necessário um tempo maior para sua discussão e não feito às pressas como está acontecendo agora. Abrir uma chamada para novos programas de pós-graduação por EaD para todas as áreas, indistintamente, não faz sentido.

Finalmente, a abertura de uma chamada de APCN sem que esteja finalizado o último ciclo avaliativo pode gerar sérias distorções no Sistema Nacional de Pós-Graduação.

Fernando Lázaro Freire Jr.