Um dos aspectos mais importantes do emaranhamento quântico é a sua não localidade — algo que Einstein chamou de “ação fantasmagórica à distância”.

A não localidade é a base que permitiria, em princípio, criar protocolos de transmissão de informações com criptografia inviolável por meio de computadores quânticos, que usassem estados quânticos como portadores de dados.

No entanto, nem todos os estados quânticos emaranhados apresentam essa não localidade, e uma questão central seria determinar a relação precisa entre emaranhamento e não localidade. 

Para esse fim, um quarteto de pesquisadores na Espanha, no Brasil e no Reino Unido concebeu o primeiro teste geral para decidir se um estado quântico é ou não local.

Em artigo publicado em 4 de novembro no “Physical Review Letters”, D. Cavalcanti, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Barcelona, P. Skrzypczyk, da Universidade de Bristol, e L. Guerini e R. Rabelo, do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais demonstram que esse teste poderia ser implementado com programação semidefinida.

“Esse método pode ser aplicado para qualquer estado dado e para a construção de novos exemplos de estados com modelos de variáveis ocultas locais tanto para medições gerais como projetivas”, escrevem os pesquisadores.

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