A área da spintrônica, que visa desenvolver dispositivos capazes de processar informação por meio da manipulação do spin de partículas, tem adquirido um interesse crescente pelos magnetos não-colineares (NCM, na sigla em inglês).

Em seus usos atuais ligados à spintrônica, os magnetos não-colineares são colocados entre outros materiais numa escala nanoscópica, ou seja, medida em nanômetros (milionésimos de milímetros).

Num trabalho experimental de importância significativa, um grupo de pesquisadores com um pé na Alemanha e outro no Brasil relatam a construção e experimentação com um magneto não-colinear feito por uma bicamada de ferro em cobre-111.

Entre os efeitos observados no arranjo experimental estão a estranha não-colinearidade entre magnetização local no interior da amostra e a magnetização eletrônica sondada sobre a superfície.

De acordo com os pesquisadores encabeçados por Jeison A. Fischer, do Instituto Max Planck, em Halle, na Alemanha, e do Laboratório de Filmes Finos e Superfícies do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, isso é uma consequência direta da natureza de spinor dos estados eletrônicos no magneto não-colinear.

“Nossas descobertas fornecem uma possível rota para controle avançado de texturas de spin em nanoescala por confinamento”, escreveu o grupo, que incluiu também o brasileiro André A. Pasa, da UFSC. 

O trabalho foi publicado online pela revista “Nature Communications” em 10 de outubro.

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