Física ao Vivo

Em 1925, o físico Ernst Ising desenvolveu um modelo simples para estudar o comportamento magnético de materiais, hoje conhecido como Modelo de Ising. Esse modelo rapidamente ultrapassou os limites da física do magnetismo e se tornou uma ferramenta central na compreensão de sistemas complexos, com aplicações que vão desde redes sociais e mercados financeiros até epidemias, decisões coletivas e fenômenos emergentes em biologia e ciência de dados.

Mediação: Marcelo Lyra (Ufal)

A Sociedade Brasileira de Física (SBF) convida a comunidade científica, educadores e o público interessado em ciência para mais uma edição do Física ao Vivo, com o tema “O Golpe do Quântico – Como a Pseudociência Distorce a Física”. O encontro propõe uma reflexão profunda sobre como conceitos genuínos da mecânica quântica têm sido distorcidos em discursos pseudocientíficos e transformados em instrumentos de desinformação.

Nas últimas décadas, a Física Quântica consolidou-se como uma das mais bem-sucedidas teorias da ciência moderna, descrevendo com precisão o comportamento da matéria e da energia em escalas microscópicas. Suas aplicações estão presentes em tecnologias fundamentais da vida contemporânea, como semicondutores, lasers, ressonâncias magnéticas, comunicações e computação quântica. No entanto, ao mesmo tempo em que seus princípios se difundem no imaginário popular, crescem também interpretações equivocadas que utilizam o termo “quântico” como um selo de mistério, poder e autoridade, frequentemente dissociado de qualquer base científica.

Este Física ao Vivo aborda justamente esse fenômeno — a apropriação indevida da linguagem e dos conceitos da física por práticas pseudocientíficas que buscam legitimidade por meio de um vocabulário técnico, porém vazio de conteúdo real. Expressões como “cura quântica”, “coaching quântico” e “reprogramação energética” exemplificam esse uso enganoso, que explora a complexidade da física moderna para sustentar crenças infundadas ou produtos comerciais sem respaldo empírico.

Quando se fala na Amazônia, é comum que as primeiras imagens evocadas sejam de sua floresta exuberante, dos grandes rios e da biodiversidade sem igual. No entanto, a região também abriga uma intensa atividade científica, marcada por criatividade, resiliência e compromisso com o conhecimento. É nesse cenário que a física tem florescido de forma singular, com pesquisas que dialogam tanto com os grandes desafios globais quanto com as especificidades locais.

O Física ao Vivo, iniciativa da Sociedade Brasileira de Física (SBF), apresenta na próxima quarta-feira (12/11), o painel “Além da Selva – a Física que Brota da Amazônia”, um encontro dedicado a discutir o papel da Física e dos físicos que atuam na região amazônica. O evento, marcado para às 16h, reunirá pesquisadoras e pesquisadores que vivem o cotidiano da ciência em meio à floresta, trazendo ao público um panorama sobre suas linhas de pesquisa, descobertas e sobre o que significa fazer ciência em uma região de dimensões continentais, rica em diversidade, mas ainda marcada por desigualdades de infraestrutura e acesso.

Você sabia que as chamadas “terras raras” estão presentes em praticamente tudo ao nosso redor — de smartphones e carros elétricos a turbinas eólicas e lasers? Apesar do nome, esses elementos não são raros, mas seu processamento é complexo e traz desafios ambientais, econômicos e tecnológicos que impactam diretamente o futuro do Brasil e do mundo.

É por isso que a SBF retorna com o Física ao Vivo em novo formato, trazendo a pesquisadora Lúcia Helena Xavier (Cetem), e os professores Cid Bartolomeu Araújo (UFPE) e Oswaldo Serra (USP), para explicar o que são as terras raras, o uso em tecnologias estratégicas, o panorama brasileiro na exploração dessas substâncias – reciclagem, importância para a soberania nacional e oportunidades para o posicionamento do país na cadeia produtiva global.

Neste programa o professor Ettore Segretto (Unicamp) fala sobre o experimento DUNE (Deep Underground Neutrino Experiment).

Neste programa a professora Débora Menezes (Dasd/CNPq) fala o que muda nas bolsas de produtividade do CNPq.

Neste programa o professor Andris Bakuzis (UFG) fala como a nanotecnologia pode auxiliar o tratamento do câncer.