Um novo número da Revista Brasileira de Ensino de Física já está inteiramente disponível no site da publicação no Scielo, com mais de 20 artigos em temas de amplo interesse. Um deles derruba um mito tradicional no ensino: o de que é impossível abordar temas complexos de física quântica com pessoas que têm apenas um nível básico de matemática.
Em trabalho coordenado por Marco Aurélio Pinheiro Lima, do Instituto de Física Gleb Wataghin da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), alunos de pós-graduação da disciplina de Mecânica Quântica foram instados a criar abordagens que permitissem trazer temas das aulas para um patamar mais acessível a não-físicos, ainda que exigisse algum conhecimento de matemática.
“O desafio dos alunos foi exatamente este: escolher o tema e tentar transformar em algo simples e correto”, diz Lima.“Escolhemos estados delocalizados, pois são de muita importância na descrição dos fenômenos quânticos. Cada aluno desenvolveu um dos casos e juntos fizemos uma primeira proposta de artigo”, completa Ludwing Marenco, um dos sete co-autores alunos de pós-graduação que elaboraram o trabalho com Lima, o oitavo co-autor.
Uma das estratégias adotadas foi a de usar linguagem coloquial, e não por acaso o título do artigo é Fantasmas na Mecânica Quântica. “A intenção foi de ilustrar e prender a atenção do leitor com o cuidado de apresentar corretamente a estratégia humana de descrever a natureza”, diz o coordenador.
Os alunos foram encorajados a levar o tema a seus conhecidos não-físicos, como forma de testar os resultados, e os textos também passaram por leituras críticas de especialistas. “A experiência foi muito rica”, avalia Lima. “Parece ter sido muito útil aos autores e na minha opinião poderia virar uma ferramenta estratégica dos institutos de Física para avaliar o conhecimento de seus alunos e ao mesmo tempo atingir os públicos interessados.”
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Mencionamos a seguir outros temas abordados em artigos neste númeo da RBEF.
VISÃO CROMÁTICA E LEDs COLORIDOS
Em artigo publicado na Seção de Produtos e Materiais Didáticos da última edição do RBEF, M.V. Silveira e R.B. Barthem, do Instituto de Física da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) sugerem que uma boa forma de ensinar o modo pelo qual enxergamos, baseado na combinação de cores primárias, por exemplo por meio do uso de LEDs coloridos.
“Com base na teoria tricromática de Young-Helmholtz e fazendo uso de um LED tricolor RGB (Red Green Blue), em uma montagem de custo relativamente baixo, foi desenvolvido um dispositivo que permite ao professor mostrar como as cores podem ser combinadas para a criação de outras, ou seja, a síntese aditiva de cores”, escrevem os autores.
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OS 80 ANOS DE J. A. SWIECA
O físico brasileiro Jorge André Swieca, se estivesse vivo, completaria 80 anos em 2016, no próximo dia 16 de dezembro. Para relembrar a data e apresentar alguns aspectos da visão de Swieca a respeito de problemas básicos da física teórica, Walter F. Wreszinski, do Instituto de Física da USP (Universidade de São Paulo), redigiu um artigo que aborda a biografia e o trabalho do grande pesquisador. O artigo constitui a Seção de História da Física e Ciências Afins deste número da revista.
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