Apesar de ser parte do cotidiano, a água não deixa de surpreender os cientistas – sejam eles físicos, químicos ou biólogos – há séculos. Por conta da polaridade de sua molécula, ela é um solvente poderoso, sem o qual as reações indispensáveis à vida como a conhecemos seriam impossíveis.
Fora isso, sabe-se que ela tem muitas outras características peculiares, e agora um novo trabalho feito por pesquisadores no Brasil e na Suíça adiciona mais um comportamento anômalo a essa lista: ela é capaz de produzir pares de fótons correlacionados quanticamente em condições ambiente.
“Os pares de fótons são produzidos por espalhamento Raman, e as correlações surgem do quantum compartilhado de um modo vibracional entre os eventos de espalhamento Stokes e anti-Stokes”, escrevem os autores, em artigo publicado no “Physical Review Letters” em 7 de dezembro de 2016.
O trabalho tem como autor sênior Ado Jorio, da Universidade Federal de Minas Gerais, e conta com as participações de Filomeno S. de Aguiar Júnior, Cassiano Rabelo, também da Universidade Federal de Minas Gerais, e Andre Saraiva e Marcelo F. Santos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, além de Mark Kasperczyk (primeiro autor) e Lukas Novotny, da ETH Zürich.
Os pesquisadores apontam que o grau sem precedentes de violação de inequalidades na água pura, assim como as propriedades de polarização bem definidas dos pares de fótons, sugerem que eles podem ser úteis para investigações de informação quântica. Eles também destacam que, pela importância da água em diversos ramos da ciência, o interesse pelos resultados é naturalmente multidisciplinar.
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