Marcos Lima, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, faz parte da equipe brasileira do DES, o DES-Brazil, e explica no vídeo a seguir os resultados obtidos pela análise que combinou observações das quatro diferentes técnicas observacionais: explosões de supernovas, aglomeração de galáxias, lenteamento gravitacional e oscilação acústica bariônica.
No geral a análise sugere o Universo observável está de acordo com o atual modelo cosmológico padrão, que assume uma composição de 30% de matéria e 70% de energia escura. No modelo padrão, a energia escura é uma constante caracterizada por uma quantidade chamada de equação de estado, cujo valor é exatamente igual a -1. A nova análise do DES, porém, observou um valor de -0,8 com barras de erro da ordem de 0,1. “Estamos em uma situação muito interessante, porque os melhores ajustes indicam a quantidade de matéria escura e energia escura esperadas,“ explica Lima, ”mas uma equação de estado que é um pouco diferente do que seria esperado, pelo menos no seu melhor ajuste, mas com barras de erro que acomodam o melhor valor esperado. Tudo isso é muito motivante porque a análise dos próximos dados que virão do DES, do terceiro ano de dados, provavelmente vai esclarecer um pouco essa situação.“
Artigo Científico
T. M. C. Abbott et al.
Cosmological constraints from multiple probes in the Dark Energy Survey
Phys. Rev. Lett. 122, 171301 (2019)
ArXiv:1811.02375
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