Desenvolvimento de técnicas ópticas para diagnóstico de veículos hipersônicos.
Embora a pirometria seja uma técnica antiga, é necessário conhecer bem o sistema do qual se deseja medir a temperatura para se obter um resultado razoavelmente confiável. A técnica foi originalmente desenvolvida no espectro visível, aplicando-se, portanto, apenas a temperaturas bastante elevadas. Com o desenvolvimento de sensores de infravermelho, tal técnica tornou-se aplicável a sistemas em temperaturas menores, com um pico de emissão de radiação eletromagnética razoavelmente afastado do visível. Uma dificuldade se dá quando o meio entre a superfície que se deseja medir e o sensor óptico não pode ser considerado totalmente transparente, ou quando a temperatura que se deseja medir é justamente a deste meio (ou a de uma camada dele). Este é um problema comum na análise de experimentos em túneis de vento supersônicos e hipersônicos.
Problema semelhante também é encontrado em fornos de processos industriais (cada problema tem sua particularidade, podendo incluir uma parcela significativa de radiação refletida), dificultando a obtenção precisa da temperatura desejada. O objeto da presente proposta de trabalho de doutorado é o estudo desse problema, focado em algumas aplicações específicas. Além de resultados acadêmicos, os resultados podem levar à efetiva geração de produtos.
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