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Refletindo sobre a celebração da Consciência Negra, observamos as persistentes barreiras que perpetuam a exclusão nas escolas públicas e a impunidade policial em comunidades. A pergunta ecoa: Consciência Negra para quem? Os dados revelam que os mais excluídos e mortos têm cor, a negra. Nas universidades, especialmente nos cursos de física, a falta gritante de representatividade é evidente. Nenhuma professora negra de Física possui a bolsa de produtividade máxima do CNPq, lidera um departamento ou alcança posições destacadas como titular ou livre docente. A ausência de professoras negras em Conselhos Diretores ou Cargos Executivos em órgãos de fomento destaca a falta de consciência negra na estrutura da Física no Brasil. Entretanto, os sentimentos conflitantes em relação à Consciência Negra não se restringem à esfera acadêmica. Experiências pessoais revelam que, em muitos lugares, a data é tratada como uma comemoração folclórica, desconectada da realidade afrodiaspórica predominante no país. A população negra, majoritária, ainda enfrenta desafios e estereótipos. Nesse contexto, surge a dúvida sobre o verdadeiro propósito da data. Seria apenas uma oportunidade para exaltar a cultura negra, ou deveria ser um chamado à reflexão sobre a luta contínua contra o racismo? Precisamos de ações não apenas no dia 20 de novembro, mas ao longo de todo o ano. Não queremos apenas participar de eventos pontuais que abordam o combate ao racismo no Dia da Consciência Negra, mas sim de iniciativas consistentes e eficazes ao longo de todo o ano, conforme preconiza a Lei 10639. Com esta postagem, nossa intenção é não apenas questionar a presença da consciência negra na Física, mas também convidar à reflexão sobre uma abordagem mais abrangente e sustentável na luta contra o racismo, buscando transformações reais em diversas esferas da sociedade. 

Link da postagem no Instagram da JEDI-SBF:
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Comissão de Justiça, Equidade, Diversidade e Inclusão da SBF