Na semana do Dia Internacional das Meninas e Mulheres na Ciência, mais uma cientista brasileira ganha destaque: Belita Koiller, professora titular do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), venceu o Prêmio Joaquim da Costa Ribeiro de 2025, concedido pela Sociedade Brasileira de Física (SBF). O vencedor de 2024 foi o professor Adalberto Fazzio.
Belita foi também homenageada em agosto do ano passado durante o 1⁰ Workshop de Física da Matéria Condensada Teórica do Rio, na Universidade Federal Fluminense (UFF). O prêmio Joaquim da Costa Ribeiro reconhece a contribuição de pesquisadores ao longo de sua carreira para a Física da Matéria Condensada e de Materiais no Brasil.
A cientista está na UFRJ desde sua aprovação em concurso público em 1994. Sua formação científica teve início na PUC-Rio, onde, em 1971, concluiu seu Bacharelado em Física. Neste mesmo ano iniciou a pós graduação na Universidade da California em Berkeley. Concluiu o doutorado e recebeu o título de PhD em Física em 1975.
Segundo a Plataforma Lattes, cumprindo expectativas de ambas as partes, ela foi rapidamente contratada como Professora do Dep. de Física na PUC-Rio, onde permaneceu de 1976 até seu ingresso na UFRJ.
Tanto na PUC quanto na UFRJ, ela exerceu um mandato (de 2 e 4 anos respectivamente) na Direção do Dep/Inst de Física. Em 1982, ela recebeu a Guggenheim Fellowship, o que lhe permitiu mais um ano de pesquisas em Berkeley.
Em 2005 foi laureada com o International Award for Women in Science, prêmio instituído em parceria pela UNESCO e a L’Oreal e entregue na sede da UNESCO em Paris, reconhecendo o mérito de seus mais de 100 trabalhos de pesquisa em várias áreas de Teoria da Matéria Condensada.
No momento, dedica-se ao estudo de comportamento quântico de sistemas eletrônicos, analisando sua aplicabilidade a novos dispositivos quânticos. Recebeu do governo do Brasil a comenda da Grã Cruz do Mérito Científico em 2010. Também em 2010 foi eleita TWAS fellow. Sua atuação na Sociedade Brasileira de Física (SBF) inclui o cargo de Conselheira da SBF, posição que já exerceu diversas vezes, foi eleita vice-presidente da SBF (2013 e 2015), tendo assumido o cargo de presidente em 2016.
Em 2019 foi eleita como membro Titular da Academia de Ciências da América Latina. Foi vencedora na edição de 2021 da Medalha Ângelo da Cunha Pinto, prêmio concedido anualmente pelo Instituto de Química da UFRJ a um cientista em reconhecimento à sua contribuição na área das ciências exatas, humanas ou da saúde.
(SBF com informações da Plataforma Lattes)