Um dos efeitos mais intrigantes da física quântica é o da chamada interação de Casimir. Foi prevista originalmente pelo físico holandês Hendrik Casimir, quando ele sugeriu que duas placas metálicas em proximidade no vácuo gerariam um diferencial de pressão entre o espaço de fora e o localizado entre elas, proporcionado pela interação das placas com a energia do próprio vácuo.

Essa predição, feita em 1948, costuma ser explicada em termos de uma interação entre as placas e as chamadas partículas virtuais, pares de partícula e antipartícula que aparecem e desaparecem numa fração de segundo a partir de flutuações quânticas no vácuo.

As primeiras demonstrações que apontavam o alinhamento entre teoria e experimento aconteceram em 1997, mas, desde então, muitos trabalhos têm sido feitos para melhorar nossa compreensão desse intrigante fenômeno. E um novo passo importante foi dado por um trio de pesquisadores, dentre eles um brasileiro.

No trabalho, publicado em 24 de julho no “Physical Review Letters”, eles apresentam análises numéricas de arranjos experimentais da interação Casimir que envolvam sua força e gradiente entre uma superfície plana de ouro e outra esférica.

“Melhorias numéricas significativas nos permitem aumentar o alcance de parâmetros acessíveis ao regime experimental”, dizem os pesquisadores Michael Hartmann e Gert-Ludwig Ingold, do Instituto para Física em Ausburg, na Alemanha, e Paulo A. Maia Neto, do Instituto de Física da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O trabalho dá especial atenção às diferenças entre o chamado modelo de Drude e o modelo de plasma sem dissipação em frequência zero e descobre que a discrepância entre os dados experimentais e o modelo de Drude não pode ser explicada pelas correções introduzidas numericamente, mas o mesmo não se dá com o modelo de plasma.

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