Num sábado de março de 1911, 146 mulheres morreram numa fábrica em chamas. Elas não puderam escapar porque estavam trancadas. Esse fato foi um dos muitos estopins que levaram a ONU a declarar o 8 de março como sendo o Dia Internacional da Mulher. Passados mais de 100 anos, muitas mulheres ao redor do mundo e, também no Brasil, ainda são vítimas de diversas violências, sejam físicas, morais ou psicológicas. São também diversos os desafios que enfrentam, contra sexismo, xenofobia, racismo, capacitismo e transfobia.

Avançamos, mas ainda há muita luta a ser travada contra o machismo estrutural que naturaliza manifestações públicas de governantes e parlamentares que desrespeitam as mulheres. Num país com uma taxa de feminicídios que mata uma mulher a cada 6 horas, pelo fato único de ser mulher, uma sociedade científica não pode se omitir. Neste 08 de março, a Sociedade Brasileira de Física, reafirma seu compromisso de lutar por um ambiente científico e acadêmico mais justo, respeitoso e equitativo. Além disso, agradece a todas as mulheres que contribuíram e contribuem para a física brasileira.