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Com o objetivo de melhor atender a toda a comunidade, o Grupo de Trabalho sobre Questões de Gênero (GTG) da SBF realizou um processo inédito para que fosse consolidada sua nova gestão, foi aberta seleção de profissionais para compor a presidência e a diretoria. “Visando aumentar a diversidade de gênero, raça/etnia, classe, orientação sexual, estágio na carreira e de região, dentre outras categorias, foram abertas inscrições pela primeira vez na história do GT de Gênero. Surpreendentemente, houve vinte inscrições de mulheres cientistas e divulgadoras altamente qualificadas para integrarem o GT.”, diz a professora da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Érica de Mello Silva presidente do GTG.

A professora Carolina Brito da Universidade Federal do Rio Grande Sul (UFRGS), foi a presidente anterior e esteve ligada ao GTG durante cinco anos. A escolha das pessoas que integravam o quadro de dirigentes do grupo, conforme ela explicou, era por meio de indicação da diretoria da SBF. Abrir inscrição trouxe quatro novos membros para um grupo que é formado por seis indivíduos. Além da presidente Érica, compõem a equipe, o professor Alan Alves Brito da (UFRGS), as professoras Fernanda Selingardi Matias da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Gabriela Barreto Lemos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Nadja Kolb Bernardes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e Monyke Hellen dos Santos Fonsêca, estudante de doutorado em Astronomia (UFRJ).

O GTG foi formado em 2003 por um grupo que enxergou a necessidade de abordar os problemas de gênero que poderiam existir. Desde então, muitas ações nesse âmbito foram tomadas, como o prêmio Carolina Nemes para mulheres com doutorado defendido há menos de dez anos. “Com o objetivo de incentivar mulheres das áreas de física e astronomia a perseguirem essa carreira”, diz Carolina Brito. Também foram realizadas pesquisas com levantamento de dados para se entender a queda da porcentagem feminina compondo o ambiente acadêmico. Esse estudo revelou o chamado “efeito tesoura”, quando se nota que as mulheres entre o período de graduação e formação de pós-graduação vão deixando a pesquisa por conta de diversos motivos atrelados ao gênero. Uma pesquisa voltada por meio de questionário enviado pelo boletim da SBF foi usada também para medir a queda em outros grupos de minorias, como pardos e pretos. 

A nova presidente, Érica Mello, destaca que além desses desafios voltados aos dados por eles conhecidos, o grupo deseja estabelecer uma comunicação mais estreita com a comunidade em geral e que as redes sociais serão aliadas nesse quesito. “Além disso, outras importantes iniciativas estão sendo elencadas pelo grupo, como a de estabelecer uma colaboração com as demais candidatas que concorreram às vagas do GT nesse ano, com a divulgação de seus trabalhos através de vídeos curtos, no formato ‘Destaque SBF para Trabalhos sobre Questões de Gênero na Física’; estreitar a parceria com o GT de Minorias da SBF, bem como com outros grupos e sociedades científicas nacionais e internacionais; elaborar um código de ética e um manual de conduta para organização de eventos, visando uma maior inclusão de grupos sub-representados na física; promover eventos e estágios para incentivar jovens cientistas.”, diz Érica. 

A presidente falou que o GTG aceitou o convite da American Physical Society – APS para organizar um braço Brasileiro da ‘APS Conferences for Undergraduate Women in Physics (CUWIP)’, a ser realizada em 2022, em data a ser definida. “O foco dessa série de conferências, CUWIP, organizadas anualmente pela APS em várias regiões dos EUA, são alunas de graduação em física. Uma CUWIP nunca foi organizada fora dos EUA, mas em 2022 a série deverá ganhar edições em cinco países incluindo o Brasil, através dessa parceria com o GT de Gênero da SBF.”, completa. 

O GTG já está presente nas redes sociais; twitter, facebook e instagram.

Por Joice Santos
Bolsista Mídia Ciência – FAPESP

Processo 2019/02744-3