Por Dra. Gabriela Bailas
Por meio da presente missiva, tomo a liberdade de me dirigir a essa tão prestigiada Diretoria, bem como ao nobre Conselho da Sociedade Brasileira de Física (SBF), com o fito de suplicar por medidas que combatam o uso indiscriminado, não científico e, por muitas vezes, mal intencionado, da palavra “Quântica e suas derivações”.
Ao longo dos últimos anos percebemos o crescimento exponencial de pessoas e organizações que alegam realizar tratamentos e desenvolverem produtos utilizando a “Quântica”, porém, tais organizações e pessoas, salvo melhor juízo, não possuem vínculo com a Ciência.
Tais práticas são extremamente prejudiciais e destruidoras, pois, transmitem as pessoas que não detêm conhecimentos de Física, a falsa ideia de cura e/ou melhora.
Cabe ainda ressaltar o dano, quer seja ele financeiro, material, de saúde, entre outros, causados por essas organizações ou pessoas, por suas práticas ou promessas não científicas, tais como: curas milagrosas para problemas como depressão, autismo e outras situações que, em um primeiro momento, não estão afetas a Física.
Com a presente, rogo que a SBF, tome a iniciativa de manifestar publicamente o repúdio a essa prática, bem como elaborar, por uma comissão de notáveis, uma lista de práticas condenáveis, que usam a Física para embasar suas intenções.
Essa lista é de suma importância, pois, tendo sua gênese em tão prestigiada Entidade, servirá de “norte”, tanto para nós cientistas quanto para os leigos, na senda do combate a esse expediente vil.
Reitero que urgem medidas que combatam a essas falácias propaladas por essas pessoas e organizações que, visando apenas benesses financeiras, usam “as expressões da Física”, para embasar e dar credibilidade a suas intenções escusas.
Somente com nossos Órgãos representativos fortes e todos unidos poderemos combater esse engodo arquitetado visando ludibriar “os de boa fé” e denegrir as boas práticas da nossa Ciência.
Agradeço pela atenção,
Dra. Gabriela Bailas
KEK – Japão