Acaba de ser inaugurada a primeira etapa do Projeto Sirius, a nova fonte de luz síncrotron do Brasil. Elétrons foram acelerados pela primeira vez na maior e mais complexa instalação científica já construída no país, no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas. A cerimônia contou com a presença de físicos ilustres que contribuíram para a criação e consolidação do projeto, como Antonio José Roque da Silva, diretor-geral do Projeto Sirius e do CNPEM, além de membro suplente do conselho diretor da SBF, e Rogério Cézar de Cerqueira Leite, o presidente honorário do conselho do CNPEM.

Quando terminado, o Sirius será uma das melhores e mais potentes fontes de luz síncrotron do mundo. Uma fonte de luz síncrotron consiste de um anel dentro do qual elétrons circulam acelerados até quase a velocidade da luz, fazendo com que essas partículas emitam uma forte radiação eletromagnética. Pesquisadores das mais diversas áreas poderão utilizar a radiação gerada pelo Sirius para obter imagens tanto de materiais biológicos, como vírus e proteínas, quanto da estrutura cristalina e molecular de amostras de solos, minerais e novos materiais criados em laboratório.

A primeira etapa do projeto concluiu as obras civis e a entrega do prédio que abriga toda a infraestrutura de pesquisa, além da conclusão da montagem de dois dos três aceleradores de elétrons. A entrega da próxima etapa do projeto, prevista para o segundo semestre de 2019, inclui o início da operação do Sirius e a abertura das seis primeiras estações de pesquisa para a comunidade científica brasileira e internacional.

“A inauguração da primeira etapa do projeto Sirius, que é a nova fonte de luz síncrotron do país, representa uma conquista fantástica para a ciência e tecnologia brasileira”, afirma Marcos Pimenta, presidente da SBF, que representou a sociedade na inauguração. “Teremos no Brasil um dos laboratórios mais avançados no mundo para o estudo e caracterização de novos materiais e sistemas biológicos. Além disso, como grande parte dos equipamentos foram feitos no Brasil, o projeto Sirius terá também um impacto na indústria nacional, em especial no que diz respeito a instrumentação com alta tecnologia”.

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Igor Zolnerkevic
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