Três cientistas japoneses, um deles radicado nos Estados Unidos, conquistaram o Prêmio Nobel em Física por uma invenção enganadoramente simples: os LEDs azuis.

Isamu Akasaki, 85, e Hiroshi Amano, 54, da Universidade de Nagoya, no Japão, e Shuji Nakamura, 60, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara, trabalharam na invenção e receberão um terço do prêmio, estimado em cerca de R$ 2,67 milhões, cada um. Os dois primeiros desenvolveram a tecnologia em parceria em Nagoya, e o terceiro na época trabalhava para uma empresa japonesa e conduziu sua pesquisa de maneira independente. O primeiro LED azul funcional foi apresentado em 1992.

LED é sigla para “light-emitting diode”, ou “diodo emissor de luz”. O dispositivo e não é uma novidade. Os primeiros a ser fabricados, na década de 1960, incluiam as cores verde e vermelha. Mas nada de azul. Foi só na década de 1990 que compostos semicondutores à base de nitrogênio foram processados pelos três pesquisadores , viabilizando a fabricação do primeiro LED azul. 

E por que isso seria tão importante? Porque combinando emissores de luz vermelha, verde e azul, pode-se obter luz branca. Esta é a base do modelo RGB (red, green, blue) de cores. A partir de fontes independentes destas 3 cores podem ser obtidas as demais cores em sistemas eletrônicos como telas de computadores e TV, e também nas lâmpadas LED. Em outras palavras, o LED azul, desenvolvido pelos premiados, viabilizou a fabricação de lâmpadas de LED emitindo a luz branca para iluminação convencional.

Por exigir muito menos energia e apresentar durabilidade de décadas, os LEDs representam economia nos gastos em iluminação em escala mundial. Seu desempenho atual é cerca de 18 vezes melhor, na relação luminosidade-consumo de eletricidade, que as lâmpadas incandescentes tradicionais. As lâmpadas fluorescentes ficam entre as duas tecnologias, tendo um quarto da eficiência das mais modernas lâmpadas de LED.

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