O estudo de redes torna-se a cada dia mais importante para a compreensão de fenômenos tão díspares quanto o fluxo de pessoas num estádio de futebol, o tráfego nas grandes cidades, as conexões da internet e o funcionamento do cérebro, entre outros incontáveis exemplos.

Partindo de uma analogia entre fluxo de um fluido num material poroso, através de uma rede de canais tortuosos, um grupo de pesquisadores com sedes no Brasil, em Portugal e na Suíça acaba de revelar a existência de uma nova fase dinâmica em redes elétricas, em que os canais de corrente mudam de forma perpétua com o tempo.

De acordo com os pesquisadores, isso acontece quando os elementos individuais da rede agem como fusíveis e antifusíveis, ora tornando-se isolantes, ora condutores. “Como consequência, a corrente macroscópica exibe flutuações temporais que aumentam com o tamanho do sistema”, escrevem os autores, em artigo publicado em 29 de dezembro de 2016 no “Physical Review Letters”.

O grupo é composto por Cesar I. N. Sampaio Filho, André A. Moreira e José S. Andrade Jr., da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza, Nuno A. M. Araújo, da Universidade de Lisboa, e Hans J. Herrmann, da ETZ de Zurique, na Suíça.

No trabalho, os pesquisadores defendem que o sistema concebido por eles teria grande utilidade em aplicações, por conta de sua riqueza de comportamentos. Além disso, seu estudo poderia ajudar a compreender seu fenômeno análogo em fluidos, o que permitiria prever melhor ocorrências como coagulação dinâmica e reabertura dos canais locais entre os poros do material por onde o fluido estivesse passando.

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