O dissulfeto de molibdênio (MoS2) é um composto metálico que ganha cada vez mais atenção na literatura científica, por conta de sua incrível variedade de características em seu espectro Raman, que permitem a investigação da dinâmica de elétrons e fônons – nome dado às quase-partículas que representam um quantum de vibração em estruturas cristalinas.
Agora, um trabalho importante feito por brasileiros, em cooperação com americanos e britânicos, joga importante luz sobre o tema. Combinando um estudo de excitação do material a múltiplas energias e cálculos teóricos, os pesquisadores revelam os detalhes do processo de espalhamento Raman de ressonância dupla, tanto em MoS2 em monocamada, bidimensional, quanto em bloco.
“Os resultados mostram que a frequência de alguns traços Raman desviam quando se muda a energia de excitação, e simulações de primeiros princípios confirmam que essas bandas surgem de fônons acústico distintos, conectando diferentes estados de vale”, escrevem os pesquisadores, em artigo publicado em 9 de março na “Nature Communications”.
Eles destacam ainda que o trabalho revela a física subjacente ao espalhamento entre-vales dos elétrons pelos fônons acústicos, o que é essencial para a despolarização de vales observada em MoS2.
O primeiro autor da pesquisa é Bruno R. Carvalho, orientado por Marcos A. Pimenta, do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais. Também participou da pesquisa Leandro M. Malard, da mesma instituição.
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