Os chamados núcleos com halo são dos mais intrigantes núcleos atômicos, desafiando nosso conhecimento e compreensão da física nuclear. Sua estrutura peculiar deve-se à presença de prótons ou nêutrons fracamente ligados e de baixo momento angular, resultando uma distribuição difusa da matéria nuclear.
Para estudar suas propriedades, os cientistas costumam chocar esses núcleos atômicos instáveis contra alvos estáveis pesados, como ouro-197 e chumbo-208, e observar os resultados da colisão. Um novo trabalho de uma colaboração internacional de 42 pesquisadores com participação brasileira usou em particular núcleos de berílio-11, colidindo com um átomos de ouro-197.
Os experimentos foram realizados no laboratório TRIUMF, em Vancouver, no Canadá, e o artigo reportando os resultados, que tem como primeiro autor V. Pesudo, do Instituto de Estrutura da Matéria, em Madri, Espanha, saiu no “Physical Review Letters” em 12 de abril.
“O experimento foi realizado para possuirmos dados experimentais, inexistentes até então, com os quais confrontar a teoria de cálculo de reações nucleares existente e verificar se, com ela, os cálculos poderiam explicar os dados experimentais”, diz Marcos Alvarez, pesquisador do Instituto de Física da USP (Universidade de São Paulo) e co-autor do estudo.
Alvarez destaca que o novo trabalho se insere numa linha de pesquisa que seu grupo já persegue há cerca de 15 anos, estudando núcleos com halo e suas reações em colisões.
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