O Prêmio Nobel em Física de 2017 é um claro e merecido reconhecimento para um dos grandes resultados em física fundamental em décadas: a comprovação experimental da existência das ondas gravitacionais. Desde o anúncio da primeira detecção, em fevereiro de 2016, a Revista Brasileira de Ensino de Física (RBEF), publicação da Sociedade Brasileira de Física, vem publicando artigos bastante didáticos, tentando explicar de forma clara e simples os principais conceitos e os procedimentos experimentais envolvidos neste resultado extremamente relevante. Eles discutem não só ondas gravitacionais, mas também buracos negros e cosmologia relativística, temas claramente correlatos.
Em particular, merecem destaque três artigos publicados numa seção especial da RBEF sobre ondas gravitacionais, publicada no vol.38 (no.4), em outubro de 2016:
1. Cem anos de buracos negros: o centenário da solução de Schwarzschild, de Alberto Saa;
2. Observação de ondas gravitacionais: breves comentários, de Mauro Cattani e José Maria Filardo Bassalo;
3. A teoria da relatividade de Einstein apresentada para a Amazônia, de Luís Carlos Bassalo Crispino e Marcelo Costa de Lima.
Mais recentemente, quatro artigos são também bastante elucidativos:
4. Michell, Laplace e as estrelas negras: uma abordagem para professores do Ensino Médio, de R. R. Machado e A. C. Tort (RBEF 38, no.2., 2016).
5. Relatividade bem comportada: buracos negros regulares, de Juliano Neves (RBEF 39, no.3, 2017).
6. 100 Anos da Cosmologia Relativística (1917–2017). Parte I: Das Origens à Descoberta da Expansão Universal(1929), de J. A. S. Lima e R. C. Santos (RBEF 40, no.1, 2018).
7. Sobre a teoria de Einstein para ondas gravitacionais e sua aplicação no estudo da radiação emitida por um pulsar binário, de Matheus Pinheiro Ramos e Roberto Vinhaes Maluf (RBEF 40, no.2, 2018).
Todas essas publicações são excelentes referências para aqueles interessados em melhor entender por que o maior prêmio científico mundial, o Nobel, foi concedido justamente a este fascinante assunto de ondas gravitacionais, sendo mais um belo resultado comprovando a grande importância da relatividade geral para podermos entender o universo em que vivemos.