ATA – REUNIÃO DA COMISSÃO DE PARTÍCULAS E CAMPOS

 

 

            Aos dezessete dias do mês de janeiro de 2003, às 9 horas, iniciou-se a primeira reunião da Comissão Nacional de Partículas e Campos, com a presença dos seguintes membros:  Prof. Alberto Santoro (coordenador), Prof. Sérgio Novaes e Prof. Mário Novello.

 

            Tomando a palavra, Prof. Santoro, coordenador da comissão, lamentou a ausência dos outros membros e propôs nova data para a próxima reunião.

 

            Foi apresentada a Agenda do Dia para discussão, tendo a mesma sido aprovada sem acréscimos:

 

            1. Programa Minimo
            2. Divisão de Tarefas
            3. Reconhecimento ou não pela SBF?
            4. Carta ao Comitê Assessor aprovada em Assembléia. Foi enviada pelo presidente da SBF?
            5.  Estatuto Mínimo de funcionamento
            6. Calendário de Reuniões e uso do VRVS.
            7. As Escolas e Reuniões da Área.
            8. A.O.B.           

 

            Passou-se, em seguida, à discussão do terceiro item da pauta, que trata do reconhecimento da comissão pela SBF. O Prof. Sérgio Novaes foi designado para verificar junto ao Prof. José Roberto Leite sobre o andamento deste reconhecimento por parte da SBF. Prof. Santoro lembrou que o presidente da SBF já havia sido contactado e, no entanto, nada parece ter sido feito. Diante deste fato, Prof. Santoro sugeriu que a comissão passasse a funcionar mesmo sem o reconhecimento oficial da SBF. Esta seria uma forma de mantermos uma documentação sobre as decisões já tomadas em assembléias e reuniões.

 

            Em seguida, discutiu-se a proposta de um programa mínimo para a comissão conforme o que foi aprovado na última assembléia da comunidade em Águas de Lindóia:

 

PROPOSTA DE PROGRAMA MÍNIMO

 

 

1.       Criação de uma página na WEB da Comissão de Partículas e Campos (CPC).

2.       Criação de um Banco de Visitantes. Seria um programa para o qual se inscreveriam as instituições para receberem um visitante para dar um seminário ou até mesmo partilhar a visita.

Poderia ser criado um conjunto de regras para orientar o programa para responder as questões:

a.      Quem paga? O programa convite inicial ou até mesmo a instituição inscrita para a partilha.

b.      O pesquisador/professor visitante teria que ser comunicado e dar o seu acordo.

c.      O programa faria parte da página da WEB da Secção de Partículas que seria uma sub-página da SBF(?)

d.      A página da WEB da CPC criaria um mecanismo automático de contato entre as partes interessadas.

3.       A página da CPC criaria um Banco de “links” com várias direções: Currículos Lattes, Páginas pessoais, Páginas dos principais Laboratórios, Universidades, etc.

4.       Criação de um link para a área de Física Experimental, Fenomenologia,  Cosmologia, Teórica, etc.

5.       Editar um volume de Partículas e Campos da RBF

6.       Escrever um documento da área (Experimental, Campos, Fenomenologia, Cosmologia e Gravitação). Propósito: Informar a natureza e a prática da Física de Partículas, principalmente na parte Experimental. Esclarecer Necessidades e Especificidades.  Este documento ficaria na página do CPC.

7.       Solicitar mudanças nos procedimentos de análises de projetos especiais.  Exposição dos projetos pelos autores diante de uma banca de especialistas. Como nossa comunidade ainda é pequena, é preciso fazer um esforço para incluir também estrangeiros.  A comissão deverá ter entre outras funções, as de

a.       solicitação de emendas durante e após a análise de projeto;

b.       críticas técnicas com solicitações explicações explícitas;

c.        encaminhamento de parecer.

 

            No que tange à organização das Escolas e reuniões da área (item 7 da pauta), Prof. Santoro sugeriu que se adotasse o modelo da IUPAP C11 para a comissão. Isto consistiria na nomeação de um comitê científico, que teria uma gestão de dois anos, e um comitê local, que teria a duração da organização do evento. Prof. Sérgio Novaes acrescentou que deveríamos optar pela criação de um comitê científico formado por colegas mais experientes que teriam muito a contribuir para o evento mas que não estariam dispostos a se preocupar com a organização local que envolve pedidos nas agências de fomento, emissão de passagens, contratação de hospedagem, transporte, etc. Sugeriu também que o coordenador do comitê local faça parte do comitê científico, possibilitando uma melhor interação entre ambos. Tentou-se implantar este modelo no passado mas um membro do comitê científico fez questão de aglutinar os dois comitês aumentando ainda mais o número e hetereogenidade do comitê organizador. Isto deveria ser evitado a todo custo.

 

            Uma outra sugestão do Prof. Santoro foi que estas reuniões sejam itinerantes, contando com o apoio de parcerias locais, Isto daria a oportunidade do evento ser realizado fora do eixo Rio-São Paulo. O comitê local seria escolhido através de licitação. As localidades que se interessassem em participar da licitação enviariam suas propostas para serem avaliadas pela comissão. A que oferecesse maiores benefícios e garantias de bom funcionamento seria a localidade escolhida e a reunião/evento teria lugar naquele local proposto.  Profs. Mário Novello e Sérgio Novaes acharam a idéia boa, mas de difícil implementação. Prof. Sérgio Novaes sugeriu que órgãos de fomento participassem dos eventos com uma verba fixa, baseado na contribuição histórica ao evento, e que o custo adicional fosse pago pelas entidades locais. Prof. Santoro argumentou que não devemos esperar apenas pelas verbas governamentais. É preciso buscar parcerias com a iniciativa privada, como por exemplo companhias aéreas, hotéis, etc. Prof. Sérgio Novaes lembrou que é preciso haver na região um interesse mínimo na área  para que pessoas do local efetivamente participem. Sugeriu também que em vez de levarmos a reunião para outra cidade fora do eixo Rio-São Paulo, talvez fosse melhor eleger a cada evento uma determinada região do Brasil que receberia um maior número de passagens e diárias possibilitando trazer os interessados desta região para o local da reunião. Prof. Santoro não concordou com o proposto, lembrando que não podemos perder a dimensão missionária destes encontros. É preciso abrir a licitação para dar oportunidade a outras localidades de patrocinarem os eventos. Mesmo que nunca saiamos do eixo Rio-São Paulo, pelo menos foi dada às outras cidades a chance de participar. Ao contrário do que se poderia pensar, nos locais onde ainda não existe Física de Partículas, a reunião poderá influenciar os estudantes locais para uma futura participação em nossa área, aumentando o espectro da Física de Partículas no Brasil

 

            Em resumo, as sugestões do Prof. Santoro foram as seguintes:

a)     Criação de dois comitês: científico (gestão de dois anos) e local (durante organização do evento);

b)     Comitê local será escolhido por licitação; (de fato local!)

c)      Os documentos apresentados na licitação serão apreciados pela comissão, que decidirá sobre a viabilidade de se fazer a reunião/evento em cada lugar;

d)     Após esta avaliação, far-se-á um escalonamento das localidades que participaram da licitação, indicando quando cada uma poderá hospedar o evento.

e)     É preciso democratizar as reuniões. Só assim nossa área poderá expandir um pouco mais no Brasil.

 

            Professor Sérgio Novaes criticou os Encontros Nacionais da área de Partículas e Campos que vem perdendo sistematicamente a sua vitalidade. Seria preciso mudar o formato de tais reuniões para reacender o interesse dos pesquisadores da área neste evento.  Em relação à esta reunião, o Prof. Santoro sugeriu que houvesse uma reunião paralela para estudantes e professores de Física.

 

            Dando prosseguimento à reunião, discutiu-se o item 6 da pauta, sobre o calendário de reuniões e uso do VRVS. Ficou acordado que a próxima reunião da comissão será em 11 de abril de 2003 em vista do “Hardware Workshop” que acontecerá no Rio de Janeiro de 14 a 19 de abril de 2003, com a participação de pessoas de outros países, onde será elaborada uma proposta para o CERN de novos detetores para a linha do feixe.  Assim, as pessoas que vierem a reunião da CPC poderão ficar para participar do Workshop.

 

            A divisão de tarefas (item 2 da pauta) foi feita da seguinte maneira:

a)     Prof. Mário Novello ficou responsável pelo item 5 do Programa Mínimo, i.e, ficou encarregado da edição de um volume de Partículas e Campos da RBF que incluísse todas as áreas (experimental, campos, fenomenologia, cosmologia, etc). É preciso nomear um editor do Brazilian Journal Physics cujas providências serão encaminhadas pelo professor Novello.

b)     O item 6 do Programa Mínimo, i.e., escrever um documento da área com o propósito de informar a natureza e prática da Física de Partículas, e esclarecer necessidades e especificidades.  Este documento ficaria na página do CPC e ficou a cargo do prof. Sérgio Novaes, que o fará no devido momento. Prof. Sérgio Novaes sugeriu que a finalidade principal do documento poderia ser ampliada para apresentar a área para autoridades cientificas e administrativas em Ciência e Tecnologia e orgãos de fomento em geral;

c)      O item 7 do Programa Mínimo, i.e, solicitar mudanças nos procedimentos de análises de projetos especiais, expor projetos diante de uma banca de especialistas, fazer um esforço para incluir também estrangeiros, já que nossa comunidade ainda é pequena; solicitar emendas durante e após a análise de projeto; tecer críticas técnicas com solicitações e explicações explícitas; encaminhar parecer. Este item ficará a cargo do Prof. Oscar Éboli,  que confirmará sua contribuição por email. A carta será assinada pelo coordenador da Comissão.

 

            Terminada a discussão de todos os pontos pertinentes à pauta e não havendo mais nada a acrescentar, a reunião foi encerrada às 11:30.

Ata Redigida pela Secretária da AIAFEX, Roseneide R.M. dos Santos, e revisada pelos presentes.